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Superendividamento e Seus Reflexos na Atualidade Jurídica Brasileira



Superendividamento e Seus Reflexos na Atualidade Jurídica Brasileira


O endividamento é uma realidade que atinge uma vasta porcentagem de brasileiros. Segundo estudos recentes, aproximadamente 78,5% das famílias no Brasil se encontram nesta situação preocupante. Esse alto índice é, em grande parte, potencializado pela enxurrada de anúncios publicitários com abordagens que muitas vezes podem induzir o consumidor ao erro.


A legislação brasileira, sempre em busca de equilibrar a relação entre consumidores e fornecedores, adotou a Lei 14.181/21 como resposta a essa crescente onda de superendividamento. Tal medida veio para reformular o tratamento das dívidas no país e permitir que os brasileiros retomem seu poder de compra e tenham uma segunda chance financeira.


Entendendo a Lei do Superendividamento


Essa nova lei fornece ao consumidor endividado a oportunidade de renegociar suas pendências de forma justa, sempre garantindo o mínimo existencial. Em linhas gerais, o devedor tem a possibilidade de parcelar o montante em até 60 vezes, isento de juros e multas. Isso significa que, enquanto o credor recebe o valor principal atualizado, o devedor consegue aliviar a pressão de uma dívida asfixiante.


É válido destacar que esta renegociação é estritamente voltada para pessoas físicas que, de boa-fé, tenham se endividado a partir de transações de consumo. Ou seja, dívidas originadas de má-fé ou fraude não se enquadram neste benefício.


A Renegociação na Prática


Com a Lei 14.181/21, a renegociação de dívidas não se restringe apenas a acordos amigáveis entre as partes. Em situações mais complexas, o juiz pode intervir, através do chamado plano compulsório de repactuação de divida, fazendo uso das possibilidades previstas no art. 54-B do Código de Defesa do Consumidor, o qual em determinados contextos, permite até mesmo a redução do valor principal da pendência.


Conclusão


Esta legislação, mais do que um instrumento de proteção ao consumidor, representa uma visão humanizada e atual da realidade econômica brasileira. Ao possibilitar que o endividado se reintegre ao mercado, o legislador fortalece a economia e assegura o direito básico de dignidade financeira.


Se você se encontra em uma situação de endividamento ou deseja mais informações sobre seus direitos e possíveis caminhos, entre em contato conosco. Nosso escritório está preparado para auxiliá-lo nesse processo.

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